terça-feira, 31 de março de 2009

As Bases genéticas da Teoria da Evolução de Darwin



Este ano faz 150 anos que o Evolucionista inglês Charles Darwin publicou sua grande obra “Origem das espécies” que gerou e gera muita polêmica até hoje. Após uma viagem de cinco anos pelo mundo passando até mesmo pelo Brasil a bordo do Navio Beagle, Darwin após coletas de vários espécimes similares e várias amostras de fósseis voltou a Inglaterra em uma pacata cidade onde se retirou e após vários anos de reflexão, propôs a teoria de que os seres vivos não foram criados com as mesmas características e sim são resultado de diversas adaptações que sofreram ao longo desses milhões de anos diferenciando-se e até formando novas espécies. Esse pensamento vai contra os criacionistas que acreditam que Deus criou tudo exatamente do jeito que está hoje.
Várias são as evidências de que os organismos foram evoluindo gradativamente ou como defende o brilhante paleontólogo Stephen Jay Gould também evoluem em pequenos períodos de tempo pressionados pela influencia e pressão do meio ambiente. Mas o que realmente decretou a teoria da Evolução de Darwin como a mais aceita hoje não só pela comunidade científica, mas pela maioria da população, foi um cientista por muito tempo esquecido o primeiro geneticista Gregor Mendel, um monge que trabalhou com a hereditariedade das ervilhas e possibilitou a futura descoberta do gene, que deu ainda mais força à teoria da evolução de Darwin.
A junção das Teorias de Darwin e Mendel estão descritas no que hoje chamamos de Neo-darwinismo que se baseia nas mutações e alterações que sofremos em nossa fase germinal (de formação inicial de ser vivo).
Hoje graças a essas teorias muitas revoluções tecnológicas médico-farmaceuticas, alimentícias e industriais foram alcançadas. Os (OGMs) Organismos geneticamente modificados, que são mais conhecidos como transgênicos, possibilitam a produção de vegetais mais resistentes a diversos tipos de pragas, com maior durabilidade, sabor e melhor aparência, também é possível a fabricação de remédios melhores como a insulina que hoje é produzida em grande escala com uma qualidade muito superior por uma bactéria simples. Todos esses avanços a meu ver são resultado direto dessa teoria feita a 150 anos e deve cada vez mais render frutos a curto prazo.

Tiago Ferreirinho Dinis Professor de Biologia do Colégio 14 de Julho.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Projeto de Lei prevê plantio de árvore para cada veículo produzido


As montadoras de veículos do Brasil – seja de carros de passeio ou caminhões e máquinas agrícolas – poderão ser obrigadas a plantar árvores em número proporcional à quantidade de veículos que produzem, caso o projeto de Lei 4380/08, que tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado José Chaves, do PTB de Pernambuco, seja aprovado.Segundo a proposta, deve ser plantada uma árvore para cada veículo produzido de até mil cilindradas; duas para os de potência acima de mil cilindradas e não superior a duas mil cilindradas; e três para os de mais de duas mil cilindradas. As montadoras poderão optar em repassar ao Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis o valor correspondente ao custo desse plantio.Para Chaves, os veículos são responsáveis por 97% das emissões de monóxido de carbono, 97% de hidrocarbonetos, 96% de óxidos de nitrogênio, 40% de material particulado e 32% de óxidos de enxofre na grande São Paulo. “Se não se pode evitar que milhares de novos veículos ganhem as ruas a cada ano, é preciso, ao menos, compensar os danos ambientais e à saúde pública que ocasionam”, afirma. (Fonte: Portal O Carreteiro)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ciências na Lapa


Em 8 de novembro de 2008 foi inaugurada na rua Catão 611 onde ficava a antiga biblioteca Francisco Pati a nova biblioteca de Ciências Mario Schemberg (físico, professor da USP e político).

Na biblioteca há grande acervo dentro dos diversos ramos da ciência, revistas científicas para todas faixas etárias além do antigo e comum acervo. Há tambem vários eventos como workshops sobre temas científicos e uma maravilhosa exposição com vários painéis, entre eles um que exemplifica as dimensões de diversos objetos, ou animais e até corpos celestes(e as unidades de medidas utilizadas. Quem quiser conferir mais é só entra no link: http://www.bibliotecadeciencias.sp.gov.br/

Outra opção fantática na rua Guaicurus 1394 ainda na Lapa é a Estação Ciência, onde a ciência é explicada de forma contagiante e simples faciltando o aprendizado tanto da criança quanto do adulto. Na minha opinião essas são duas das melhores ferramentas de divulgação científica dento da cidade de São Paulo. Quem quiser conhecer mais basta entrar aqui: http://www.eciencia.usp.br/

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Andar a pé é "solução" para driblar os custos do transporte coletivo


Um estudo do Ministério das Cidades divulgado na última semana mostra que andar a pé é o modo de locomoção que mais cresce na região metropolitana de São Paulo, principalmente entre os mais pobres.Entre 1997 e 2002, o número de viagens diárias a pé representou 46% do aumento total de viagens da metrópole (3,8 milhões), se concentrando nas populações mais pobres, enquanto que o forte aumento da utilização do carro particular ficou praticamente restrito às classes médias e, principalmente, altas (acréscimo de 2,8 milhões de viagens/dia).O preço da condução é o principal motivo pela escolha deste meio de transporte entre os entrevistados que recebem até quatro salários mínimos. “O aumento das viagens curtas e a pé entre os mais pobres certamente vem refletindo a dinamização dos espaços periféricos e a forte heterogeneidade social que se acentuou na periferia nos últimos anos”, afirma o relatório.De acordo com o volume “Como anda São Paulo”, da série de estudos “Como andam as regiões metropolitanas”, as pessoas de todas as faixas de rende optam pela caminhada como meio de transporte quando o trajeto é curto e com duração entre 15 a 20 minutos. “Entretanto, a análise dos motivos que levam aos deslocamentos a pé, quando as distâncias não são curtas, vem esclarecer muitas das inadequações da oferta de transporte coletivo para este segmento e explicar grande parte das carências desse setor”, explica o documento.O transporte a pé entre as pessoas que recebem até dois salários mínimos passou de 57% em 1997 para 62% em 2002, enquanto que o uso de veículos motorizados –coletivo e individual – passou de 43% para 38%, com queda percentual principalmente no uso do ônibus (que passou de 21% para 18% entre as viagens desse grupo), mas também no metrô e trem (de 3% para 2%).A pesquisa destaca, no entanto, que há uma acomodação com relação às restrições por parte da população de baixa renda, que transforma “os espaços da vizinhança em destinos de viagem possíveis de serem alcançados”. “As conseqüências destas estratégias para o cotidiano dessas populações realimentam os circuitos internos de reprodução da pobreza”, explica o documento.Segundo o estudo, garantir a mobilidade desses grupos através de políticas de transporte público acessível é uma estratégia importante de combate à pobreza, pois as restrições atuais deixam esta população sem acesso ao mercado de trabalho e aos equipamentos públicos de educação, saúde, cultura e lazer.Planejando as cidades para o pedestreEspecialistas vão além e advertem que é preciso repensar para quem as cidades estão sendo planejadas, se é para o trânsito ou para as pessoas. “Famílias com renda acima de R$ 2,1 mil usam 8,6 vezes mais o espaço urbano que a população que ganha até dois salários mínimos. Os automóveis ocupam 50% do espaço urbano”, ressalta o diretor da Associação de ciclousuários da Grande Florianópolis (Via Ciclo), André Geraldo Soares.Soares diz que o problema é, muitas vezes, a prioridade nos investimentos. Ele cita o caso do Túnel Antonieta de Barros, construído em Florianópolis em 2002. Segundo ele a obra custou R$20 milhões e só beneficiou veículos motorizados, uma vez que é proibido o trânsito de pedestres e ciclistas. “Foi uma grande benfeitoria que não contemplou a todos”, afirma.O engenheiro Everaldo Valenga Alves, da gerência de sistema viário do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), propõe o emprego do chamado “Traffic Calming”, que prioriza o pedestre, com melhorias nas travessias. “A proposta é fazer o contrário do que fazemos hoje: a rua é do pedestre e não dos veículos. O desenho das ruas é focado nas pessoas, com faixas largas, por exemplo”, explica.

Fonte:

Por Paula Scheidt, do CarbonoBrasil

domingo, 29 de junho de 2008

As 10 espécies do ano


O Instituto Internacional de Estudo de Espécies (IISE) divulgou a lista das 10 mais importantes espécies de 2007. O instituto, parte da Universidade Estadual do Arizona, pretende divulgar esse ranking a cada ano como forma de atrair atenção para a importância da taxonomia e do estudo das espécies.

Os vencedores, escolhidos entre milhares de possíveis candidatos, foram selecionados devido a seus nomes peculiares e à presença de atributos incomuns e surpreendentes, entre outros critérios.

1. Arraia elétrica decorativaCom poderosas capacidades de sucção, a Electrolux addisoni - uma espécie de arraia elétrica - faz jus ao nome científico que recebeu. Conhecida popularmente como arraia sonolenta, a espécie ocupa a primeira posição na lista das 10 mais importantes espécies de 2007, divulgada em maio de 2008 pelo Instituto Internacional de Estudo de Espécies (IISE).
2. Dinossauro gigante com bico de patoLocalizado por estudantes de segundo grau no sul do Estado norte-americano do Utah, em 2002, o fóssil do dinossauro data de 75 milhões de anos atrás, e é um dos maiores dinossauros dotados de bicos já localizados. O imenso crânio terminou por ser classificada como parte de uma nova espécie, a Gryposaurus monumentensis, em 2007.
3. O dragão-miriápode rosa choqueEsse novo miriápode descoberto na Tailândia conquistou a terceira posição com sua cor brilhante, que ajuda a alertar os predadores de que o animal não é uma espécie de confeito, mas sim uma presa repleta de espinhas e tóxica. O incomum hábito do miriápode de ficar sentado à plena vista dos potenciais predadores mesmo à luz do dia também faz com que estes o considerem como impalatável, de acordo com os pesquisadores.
4. A rã dos arbustos do Sri Lanka Uma espécie de rã que acaba de ser nomeada - depois de ser preservada em garrafa por mais de 150 anos - ficou com a quarta posição. Os cientistas decretaram que se tratava de uma nova espécie quando o espécime preservado foi reencontrado, no ano passado. Mas eles acrescentaram que essa rã, e outras espécies aparentadas, provavelmente já estão extintas.
Desde que a ciência da taxonomia assumiu forma mais refinada, no século 18, cientistas registraram cerca de 1,8 milhão de espécies na Terra. A maioria dos especialistas estimam que o número total de espécies deve chegar perto dos 10 milhões, em nosso planeta.
5. O taipan das cordilheiras centraisDescoberto em uma região isolada e árida da Austrália, em 2007, o taipan das cordilheiras centrais é uma das serpentes mais venenosas do mundo. A cobra deslizou para a quinta posição da lista em parte porque a identificação precisa da espécie pode ajudar no tratamento correto de sua picada.
A lista atrai atenção para a necessidade de ampliar nossos dados sobre a biodiversidade, diz Quentin Wheeler, entomologista e diretor do IISE. "Nós só conhecemos 10% das espécies existentes, e portanto estamos impotentes diante de muitas potenciais pragas e vetores de doença".
6. O morcego de cara listrada de MindoroO grande e carismático morcego de cara listrada de Mindoro só é encontrado na ilha de Mindoro, Filipinas. Ele se alimenta de frutas, e a única outra espécie do gênero foi localizada por Alfred Russell Wallace, colega de Charles Darwin, na ilha de Sulawesi, Indonésia. Identificá-lo adianta as pesquisas sobre espécies endêmicas, o que justifica sua inclusão na lista pelo IISE.
7. Novo cogumeloUma nova espécie de fungo, acima, foi descoberta no campus do Imperial College de Londres, crescendo bem por sob os narizes de alguns dos principais cientistas do mundo.
"A maioria das pessoas não percebe até que ponto nosso conhecimento das espécies é incompleto, ou está ciente dos avanços que os taxonomistas vêm realizando em seu estudo", disse Wheeler, do IISE. "Se você considerar as dimensões do desafio, perceberá que precisamos de mais gente e de mais coordenação".
8. Água-viva letalEssa espécie de água-via, a Malo kingi, foi batizada em honra do turista norte-americano Robert King, que morreu como aparente resultado de um ataque por espécimes do animal ao largo da costa de Queensland, na Austrália, em 2002. Notícias sobre o acontecido em 2002 ajudaram a conscientizar o mundo sobre essa nova e potencialmente letal espécie, que ocupa a oitava posição do ranking.
O IISE afirma que a descoberta de novas espécies pode ajudar nos esforços de conservação. A nova água-viva é a segunda espécie conhecida do gênero Malo, um animal bastante perigoso.
9. Besouro rinoceronteUm novo besouro rinoceronte localizado no Peru dispõe de uma estrutura em forma de chifre na cabeça que jamais havia sido identificada - a não ser em Dim, um personagem de Vida de Inseto, filme de animação da Disney/Pixar. Esse traço bizarro ajudou o besouro a conquistar o nono posto.
Na vida real, entre 15 mil e 20 mil novas espécies são descobertas a cada ano. Um relatório recente do IISE e seus parceiros aponta que, em 2006, 16.969 espécies foram nomeadas pela primeira vez na literatura científica.
10. A planta do bonequinho MichelinEssa planta gosmenta encontrada no oeste da Austrália entrou para a lista de 10 novas espécies mais importantes do IISE porque se parece com o bonequinho da Michelin. A espécie foi encontrada durante uma pesquisa de impacto ambiental conduzida para uma empresa de mineração, e é uma das 298 novas espécies vegetais nomeadas no ano passado apenas no oeste da Austrália.
Tradução: Paulo Migliacci ME
National Geographic

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Cientistas criam dispositivo baseado no princípio de automóveis híbridos para gerar eletricidade


Agência FAPESP – Acabou a bateria do celular, do tocador MP3 ou do GPS? Que tal recarregar aparelhos eletrônicos sem precisar voltar para casa, usar uma tomada e esperar? Melhor ainda: que tal fazer isso no meio da rua, enquanto caminha e usa energia gerada pelos próprios movimentos do corpo?A novidade está descrita na edição desta sexta-feira (8) da revista Science. Um grupo de cientistas de laboratórios nos Estados Unidos e Canadá desenvolveu um dispositivo para ser instalado nas pernas e que gera eletricidade enquanto o usuário caminha.Da mesma forma que os automóveis híbridos acumulam energia dissipada ao pisar nos freios – e a “reciclam” para uso no deslocamento do veículo –, o dispositivo armazena parte da energia cinética dos movimentos das pernas.Instalados nas duas pernas, os equipamentos geram 5 watts de eletricidade durante caminhadas leves. Energia suficiente para fazer funcionar dez celulares simultaneamente ou os laptops de baixo custo que estão sendo testados em países em desenvolvimento. Ao correr, a energia produzida chegou a 54 watts.“O fato é que há muita energia disponível em vários locais do corpo humano e que pode ser convertida em eletricidade. O joelho, por exemplo, é um dos melhores pontos”, disse Arthur Kuo, da Universidade de Michigan, um dos autores do estudo.Os pesquisadores testaram dispositivos em seis voluntários. Cada aparelho era composto por um pequeno motor montado em um chassi de alumínio, com gerador, correias, potenciômetros e conectores. Somados às bandas de borracha para fixar na perna, resultaram em um peso de 1,6 quilo cada um.“O objetivo era demonstrar o conceito. O protótipo é desajeitado e pesado e afeta o modo de andar, mas esperamos melhorá-lo de modo que seja mais fácil de usar e mais eficiente na geração de energia”, disse Kuo.Segundo os pesquisadores, além de servir como fonte de eletricidade em locais remotos, a tecnologia tem potencial para ser empregada no funcionamento de próteses robotizadas. Outros usos estariam em bombas de insulina implantadas ou para diminuir o fardo de soldados, que não precisariam carregar pesadas baterias de modo a operar dispositivos eletrônicos cada vez mais comuns em campos de combate.
Artigo publicado originalmente na revista sciensce, e aqui no Brasil, na Envolverde

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O Carnaval e o Desperdício

A maioria das pessoas que me conhece sabe que o Carnaval não é minha data comemorativa predileta, mas não serei eu hoje que vou criticar a festa mais querida dos brasileiros! Mas é claro que não podia deixar de lembrar todo o desperdício que acontece no carnaval.
Conversando com a Carol lembrei que muitas escolas de samba, provavelmente todas, reutilizam grande parte do material utilizado por elas durante o desfile. E parece que esse reaproveitamento tem aumentado a cada ano. Isso é ótimo para as escolas de samba que economizam, e para o meio ambiente, que sofre menos com o consumismo.
Tudo bem até que as escolas de samba não estão tão "sujas", mas o desperdício que ocorre durante esse periodo é enorme. São latinhas de alumínio, garrafas, papeis de todas as espécies, fantasias, roupas, camisinhas e uma grande quantidade de embalagens, largadas por aí, sem contar a quantidade de carbono liberado para o transporte das pessoas e carros alegóricos, para a fabricação de fantasias e produtos comercializados nessa festa.
São Paulo já tem alguns eventos como a São Paulo Fashion Week, que são livres de carbono. Minha sugestão é que o carnaval de São Paulo também fosse. A prefeitura poderia fechar acordos com as cooperativas de catadores para que elas fizessem a limpeza do Anhembi e demais localidades onde ocorrem os desfiles; poderia incentivar com dinheiro mesmo, as escolas de samba que utilizassem maior quantidade de material reciclado em suas fantasias, bem como a coleta seletiva de seus ensaios, e devia plantar as arvores necessárias para compenssar a emissão de carbono durante o evento.
Com essa medidas eu admiraría ainda mais essa festa tão importante para o nosso Povo.